Medida vai beneficiar mais de 1.700 emissoras no País, que vão ganhar qualidade de áudio.
A presidente Dilma Rousseff assinou nesta quinta-feira (7) um decreto
que autorizou a migração de emissoras de rádio que operam na faixa AM
(Modulação em Amplitude) para a faixa FM (Frequência Modulada).
A mudança era uma das reivindicações do setor de rádio, que afirma que a
medida vai melhorar a qualidade do sinal das rádios AM.
Segundo a presidente Dilma Rousseff, a migração vai possibilitar novas formas de interação entre público e rádio.
— A migração para as faixas FM vai sem dúvida melhorar a qualidade da
transmissão e com menos ruído e interferência atuais. As rádios AM vão
manter seus ouvintes e até poderão aumentar a audiência ganhando maior
poder de negociação com anunciantes. Essa mudança vai propiciar melhores
condições técnicas para que façam transmissão da programação para
celulares, tablets via internet.
O presidente da Abratel (Associação Brasileira de Rádio e Televisão) e
da Rede Record, Luiz Claudio Costa, discursou na cerimônia realizada no
Palácio do Planalto e afirmou que o rádio vai viver um novo momento, a
partir da migração.
— O anunciante vai ter mais motivação para colocar verbas em rádio AM, o
sinal é muito mais puro, o sinal tem mais qualidade. Tenho certeza é
que, a partir de hoje, o negócio rádio no Brasil ganha uma nova força. O
dia de hoje marca uma nova fase na história do rádio brasileiro. O
anunciante vai ganhar e o público-ouvinte ganhar.
De acordo com o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a migração
poderá ser feita a partir de 1º de janeiro de 2014, mas a mudança pode
enfrentar problemas.
— Sabemos que na maioria das localidades é possível fazer a transferência, mas em grandes centros pode haver dificuldade.
Hoje, 1.772 emissoras operam na faixa AM no País, divididas em alcance local, regional e nacional.
O presidente da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e
Televisão), Daniel Slaviero, estima que 90% das emissoras AM passem a
operar na faixa FM.
— Nessa frequência, as rádios ganharão qualidade de áudio e de
conteúdo, competitividade e alcance por meio de telefones celulares.
O custo da migração para as rádios, na compra de equipamentos, será de aproximadamente R$ 100 milhões
Fonte: http://r7.com